Padrasto e mãe são denunciados por homicídio qualificado e tortura em caso de morte de menino em SC
02/09/2025
(Foto: Reprodução) MPSC oferece denúncia no caso Moisés, em Florianópolis
O padrasto e a mãe do menino de 4 anos que morreu com ferimentos no corpo em Florianópolis foram denunciados nesta terça-feira (2) pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Eles vão responder por homicídio qualificado e tortura, informou a NSC TV.
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À NSC TV, a defesa do padrasto disse que ainda não havia sido formalmente intimada até a noite desta terça, mas que, quando isso acontecer, analisará o conteúdo e avaliará as medidas necessárias.
Já a defesa da mãe disse que a acusação é "extremamente equivocada", mas que acredita que no decorrer do processo a verdade será comprovada. E que ela — a mãe — é a maior interessada em que a verdade dos fatos seja apresentada.
O menino morreu em 17 de agosto. O crime foi descoberto após a vítima ser levada ao Multi-hospital da capital desacordada e em parada cardiorrespiratória. O casal foi detido após a morte, mas a mulher foi solta e vai cumprir medidas cautelares. O homem teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.
Nesta terça, a Justiça negou um pedido de habeas corpus do padrasto do garoto. Ele segue preso.
No despacho, o desembargador justificou a decisão da seguinte forma: "Trata-se, em tese, de homicídio duplamente qualificado, praticado de forma cruel e reiterada contra uma criança em situação de extrema vulnerabilidade, no ambiente familiar, por aqueles que tinham o dever legal e moral de protegê-la".
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Investigação
A NSC teve acesso a um relatório que embasou o inquérito policial sobre o caso, que reúne várias trocas de mensagens, em dias diferentes, entre a mãe do menino e o padrasto, que apontaram que o homem agredia a criança, com o conhecimento da mãe.
A policia também descobriu no celular do padrasto uma pesquisa em um aplicativo de inteligência artificial, com sessão ainda ativa no dia da morte do menino. A pergunta feita foi: "o que acontece se ficar enforcando muito uma criança".
O inquérito foi transformado em ação penal. Agora, cabe à Justiça de Santa Catarina aceitar ou não a denúncia. Caso aceite, ambos devem se tornar réus no processo.
Padrasto perguntou a um aplicativo de inteligência artificial 'o que acontece se ficar enforcando muito uma criança?'
Reprodução/NSC TV
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