Como caso Catarina Kasten fez polícia reabrir investigação de estupro contra idosa de 69 anos em Florianópolis
27/11/2025
(Foto: Reprodução) Mulher assassinada em trilha de Florianópolis: o que se sabe
O assassinato de Catarina Kasten na trilha do Matadeiro, na região sul de Florianópolis, fez a Polícia Civil reabrir a investigação sobre o estupro, em 2022, de uma idosa de 69 anos. Isso porque o autor preso por matar a estudante na sexta-feira (21) foi testemunha do primeiro crime e, agora, é considerado suspeito da violência de três anos atrás.
Segundo a Polícia Civil, os materiais e vestígios genéticos do autor e dos dois casos vão ser comparados para verificar se são semelhantes. Preso preventivamente, Giovane Correa Mayer confessou o crime contra Catarina em depoimento, mas negou envolvimento no caso da idosa (entenda mais abaixo).
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O homem preso é natural de Viamão, no Rio Grande do Sul, e mora na região Sul da capital desde 2019 com familiares. A Polícia Civil também investiga parentes do suspeito.
Laudo confirma que mulher assassinada em trilha foi asfixiada
Linha do tempo revela passos da vítima e o caminho até a prisão do suspeito
Crime contra Catarina
O crime contra Catarina aconteceu na Trilha do Matadeiro, quando a professora de inglês ia para a natação. À Polícia Civil, em depoimento, Giovane disse que asfixiou a jovem com um cadarço e a estuprou.
O laudo da Polícia Científica confirmou que ela morreu por asfixia e também apontou indícios de violência sexual. O caso segue sendo investigado e a Polícia Civil ainda aguarda laudos complementares e novas informações.
Giovane Correa Mayer, natural de Viamão (RS), preso pela morte de Catarina Kasten
Reprodução
Estupro contra idosa
Já na investigação de 2022, Giovane tinha 17 anos e prestou depoimento como testemunha, já que era ajudante de jardinagem na casa da vítima no dia em que ela foi agredida e violentada. O inquérito do caso foi concluído somente em julho deste ano, sem apontar culpados. O Ministério Público recebeu o caso em setembro.
Segundo o boletim do estupro, a mulher foi agredida e violentada sexualmente na própria casa. A vítima afirmou que o agressor a atacou por trás, sufocando-a possivelmente com uma corda. Ela afirmou não ter visto o autor em nenhum momento, mas percebeu a perna do criminoso, que era branca e com poucos pelos.
A idosa relatou ainda que o autor ordenou que ela não olhasse para trás, mas reconheceu uma voz masculina jovem.
Giovane disse em depoimento na época que foi à casa da vítima, no bairro Açores, para trabalhar com o jardineiro responsável pelo corte de grama, e que não notou nenhuma movimentação suspeita no local.
Após ser preso por confessar que matou Catarina, o suspeito foi questionado sobre o caso durante a audiência de custódia no sábado (22) e somente respondeu que foi testemunha crime em 2022.
Conclusão sem apontar culpado
Em julho de 2025, a Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o estupro de 2022 sem apontar culpado. No relatório afirmou que mesmo com os esforços os investigadores "não obtiveram êxito seja em descobrir a autoria do ocorrido" (laudo abaixo).
Trecho de documento mostra que indícios do crime foram enviados ao Banco Nacional
Reprodução
Infográfico - Linha do tempo do caso Catarina Kasten
arte/g1
O que diz a Defesa de Geovane Correa Mayer
A defesa do investigado é feita pela Defensoria Pública. Em nota, o órgão disse que garante atendimento jurídico integral e gratuito a todas as pessoas que não possuem advogado constituído.
"Durante as audiências de apresentação, toda pessoa conduzida ao cárcere recebe atendimento da Defensoria Pública, assegurando o respeito aos direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição Federal", disse.
Fotos feitas por turistas e incluídas no Boletim de Ocorrências mostram autor do feminicídio
Reprodução
Catarina Kasten foi estuprada e morta em trilha em Florianópolis; câmera flagrou suspeito
Reprodução
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