Bezerro, leitão e cobra: especialistas explicam motivo de nascimento de animais com mais de uma cabeça e corpos em SC
Em Santa Catarina, animais nasceram com duas cabeças ou corpos
Casos raros envolvendo animais com condições congênitas chamaram atenção em Santa Catarina nos últimos anos. Entre os casos estão uma bezerra, um leitão e uma cobra, que nasceram com condições raras e sistema de defesa curiosos.
Na última quinta-feira (6), um produtor rural de Iraceminha encontrou um leitão com dois corpos, uma cabeça e seis patas. O animal nasceu morto. Segundo Ênio Uebel, dono da propriedade, este foi o primeiro caso do tipo que ele viu. A família cria porcos apenas para consumo próprio.
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Em caso raro, bezerra com 2 cabeças é alimentada por veterinários; VÍDEO
Em setembro, uma bezerra nasceu com duas cabeças em Belmonte, no Oeste do estado. O animal sobreviveu após o parto e foi levado para o hospital veterinário da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), onde recebeu cuidados e alimentação por mamadeira. Apesar dos cuidados, a bezerra morreu no dia seguinte.
Outro registro curioso ocorreu em abril de 2022, quando um biólogo de Jaraguá do Sul encontrou no quintal de casa uma anfisbena, conhecida como “cobra-de-duas-cabeças”.
Apesar do nome, o réptil não é venenoso. Ele usa a cauda para imitar uma cabeça e enganar predadores, explicou Christian Raboch, da Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente.
Animais com duas cabeças chamam atenção em Santa Catarina
Pedro Engel/Jackson Preuss/Christian Raboch
🧬Erro no desenvolvimento embrionário
Segundo o professor Jackson Preuss, da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), a condição observada na bezerra e no leitão é chamada de diprosopia, uma malformação congênita causada por duplicação parcial nas primeiras divisões do embrião.
“Pode estar associada a fatores genéticos, ambientais, toxinas, vírus ou deficiências nutricionais”, afirmou.
Já no caso da anfisbena, não se trata de deformidade, mas de uma característica natural da espécie. Conhecida popularmente como cobra-de-duas-cabeças, é inofensiva às pessoas e imita um rosto na cauda para enganar predadores, explicou Christian Raboch, biólogo na Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama).
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